quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O DESABAFO DE UM APRENDIZ DA PENA

Quando escrevo não me preocupo com as rimas, com a métrica ou com a forma. Escrevo tomado pela emoção do momento. Momento que me faz pensar, sonhar, questionar, simplesmente, o o que importa é o momento. Não busco as palavras difíceis, rebuscadas e elegantes, procuro aquelas que combinam com o sentimento e a emoção. Sinto-me um atrevido quando ouso dizer que faço poesia ou que sou um poeta. Não posso me comparar a um Quintana, Vinícius ou um Drummond, sou apenas um aprendiz que conduz a pena de forma amadora, que treme ao tingir o papel com as palavras, criando apenas rabiscos. Não me preocupo se alguém irá gostar daquilo que escrevo. O que importa é, que o papel registra e imortaliza a minha emoção.O mais importante é que aprendi a amar as palavras e sua magia. Também como João Guimarães Rosa tenho a palavra como minha amante e juntos procriamos. Já escrevi sobre o amor, a solidão, o tempo, o silêncio, os sonhos e acima de tudo, sobre minha fiel companheira, a palavra. É através das linhas rabiscadas que juntos criamos e divulgamos a essência dos ser. Ser que só sobrevive porque tem como companheira a palavra, que simplesmente, revela o ser.
Obrigado mais uma vez a você minha pena que rabiscou o desabafo deste aprendiz.

                                                                                             José Geraldo da Silva            

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