Imaginemos um mundo
sem nenhum som, um vazio total. De repente, uma manifestação sonora, é o
Criador agindo através da palavra. Que maravilha! Foi criada a linguagem. Não
estamos falando apenas da fala, uma complexa formação sonora, estamos falando
da linguagem. Começou a ser utilizada para a comunicação entre os homens, foi
codificada, mais tarde decodificada. Um dia, sabe-se lá quem descobriu que usar
a língua era um bom negócio, é claro, no bom sentido. Tornou-se o objeto dos
poetas e românticos que queriam o amor das lindas donzelas. Daqueles que de
alguma forma aspiram ao poder, ou mesmo dos ambulantes que para vender seus
produtos muitas vezes a usam de forma poética e sedutora.
Sócrates, para
expressar que em toda a sua existência não havia dominado todo o conhecimento,
na hora de sua morte diz: “Só sei de que nada sei”, que linguagem! Ficou
imortalizado. Que poder tem a linguagem, poder este que não apenas ele ficou imortalizado,
mas pensadores e românticos que através da Literatura escreveram seus nomes na
história. Um dia um moço de tanto pensar descobriu que “penso, logo existo”,
foi assim que René Descartes criou a teoria do cogito. Com isto a linguagem
cientifica teve um grande avanço.
Para finalizar, é
interessante refletir sobre o pensamento de São Tiago em sua epístola, quando
ele diz: “A língua é pequenina, mas pode incendiar uma floresta”. Sem dúvida,
as ideias podem se propagar de tal forma que podem incendiar o mundo, tanto
positivo quanto negativamente. É desta forma que conhecemos novas ideias e
novos conceitos, mas o mais importante é que não deixemos que nossa linguagem
encubra os nobres pensamentos e que não seja apenas uma linguagem frívola. Ah!
Doce linguagem, doce Verbo Criador, que não nos fez apenas robôs, mas nos
contagiou com a palavra e nos deu a mais sublime forma de expressar gratidão. A
linguagem
José Geraldo da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário