Como em todas as fábulas infantis,
esta história começa como todas as outras. Era uma vez, numa vila bem distante,
que ficava no meio de uma floresta onde aconteceu a história daquele que era e
deixou de ser. Babadinho era o seu nome, ou pelo menos como era conhecido, já
que nas fábulas os personagens são conhecidos por seus pseudônimos. Bem, isto não
vem ao caso, o que importa é que Babadinho vivia feliz, gostava de flores,
borboletas e de brincar de casinha com suas amiguinhas. Futebol, nunca. Ele
cresceu e se tornou um adolescente lindo, que adorava roupas coloridas,
principalmente o vermelho. Usava sempre um lenço vermelho amarrado ao pescoço.
Daí a alcunha de Babadinho vermelho.
Um dia, Babadinho, como todo
jovenzinho, aflorou, descobriu sua identidade, assumiu o seu nome e tornou-se
um garoto alegre. Resolveu então visitar sua vovozinha para contar as
novidades. Organizou uma cesta com lantejoulas, purpurina, batons e CDs do
quarteto ABBA e da Bárbara Streisand para presentear a velha.
Sua mãe, preocupada, lhe disse:
- Cuidado, meu bebê, pois a floresta é
muito perigosa e o lobo está à solta, e a mamãe não quer que nada aconteça ao
meu fofucho.
E Babadinho responde:
- Fique calma, mamy, já sou um
homenzinho.
- Eu sei, bebê, é que a mamãe ainda
não se acostumou com isto.
- Tchau, mamy!
- Tchau, nenê da mamãe.
Creio que os leitores tenham percebido
algo estranho na nossa história. Chega de palpites e continuemos a narrar.
Babadinho adentrou na floresta
cantarolando e saltitando alegremente. Até que chegou à casa da vovozinha.
Estranhou que houvesse muito silêncio, pois a velha era muito festiva. Bateu,
bateu na porta até que ouviu uma voz rouca.
- Entra, meu querido, a porta está
aberta.
Ele então entrou e viu sua querida
vovozinha deitada sobre a cama com uma cara muito estranha, e depressa foi
perguntando:
Vovó, que olhos grandes e vermelhos
são estes?
- São de tanto chorar, meu netinho.
- Que orelhas grandes são estas?
- É de tanto puxar, meu neném.
- Que boca grande, vovó?
- É de tanto gritar, meu filhinho.
A velha já não aguentava mais tantas
perguntas e desesperada gritou:
- Pare com tantas perguntas! Estou
assim de tanto sofrer, pois o lobo, aquele maldito, me abandonou para ficar com
o caçador.
Babadinho, comovido com o drama,
pensou, pensou. Até que teve a brilhante ideia e disse:
- Vovó, levanta, sacode a poeira e
vamos para parada gay, ela está cheia de lobos para nos devorar.
Era uma vez uma bela fábula infantil,
que acabei de destruir.
José Geraldo da Silva
muito interessante
ResponderExcluirporem algumas pessoas q lerem vão ter preconceito
Muito bom ;3
ResponderExcluirComaçim nos comer
ResponderExcluirmuito bom
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