quarta-feira, 10 de outubro de 2012

MANTENHA A LUZ ACESA CONTINUAMENTE

 TEXTOS: ÊXODO 25.31-40; 27.20; EFÉSIOS 5.18. 

INTRODUÇÃO
 O candelabro era peça importante dentro do Tabernáculo. Ficava do lado esquerdo da entrada. Pesava cerca de 30 quilos de puro ouro batido. Contava com uma haste principal e seis lâmpadas. Num total de sete lâmpadas. Deveria ficar aceso continuamente, pois era a única luz no Tabernáculo. Quanto à função das lâmpadas, o texto declara que elas acenderiam “para alumiar defronte dele”. O objetivo, portanto, das lâmpadas, era iluminar o próprio candelabro o que, em relação aos filhos de Deus, não é diferente, pois o propósito do Senhor para os seus filhos é que estes o glorifiquem. Em Mateus 5.14-16, lemos o seguinte: “Vós sois a luz do mundo não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para coloca-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se encontrem na casa, assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso pai que está nos céus”. O candelabro não tinha nenhuma emenda, pois é uma peça única, isto representa a nossa unidade com Cristo. Nesta ministração serão enfatizados três aspectos para a vida cristã em relação à tipologia do candelabro.
PRIMEIRO. Sendo um recinto totalmente fechado, sem janelas e com um reposteiro à entrada que ficava constantemente fechado. É claro que não havia incidência alguma de luz natural lá dentro, e mais claro ainda se torna de que toda iluminação do lugar Santo dependia exclusivamente do candelabro de ouro. Pode-se observar com isso, que nenhuma luz natural, isto é, fruto do raciocínio humano, pode alcançar e transformar o mundo ou iluminar os crentes na sua comunhão com Cristo. Infelizmente, muitos grupos e igrejas evangélicas concedem maior ênfase ao intelectualismo do que à importância de se viver em comunhão intima com Cristo. O resultado fatal é que o mundo e, por vezes os próprios crentes, permanecem nas trevas. Lembrando que o acesso interior da tenda era permitido apenas aos sacerdotes, então diríamos que 
ninguém precisa tanto de uma maior iluminação do que os próprios filhos de Deus, pois à medida que receberam esta incidência da luz divina, poderão refleti-la. Em segunda aos Corintios 3.18 encontramos esta verdade: “E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a gloria do Senhor, somos transformados de gloria em gloria, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Nada seria visível no interior do Tabernáculo se, porventura, viesse faltar o candelabro. Nenhuma atividade espiritual será possível se os crentes não estiverem vivendo na luz. “Se, porém andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. 
SEGUNDO. O combustível para as lâmpadas era o azeite de oliva puro, especialmente preparado para este serviço. Na Palavra de Deus, o azeite sempre representa o Espírito Santo quando considerado o estudo da tipologia bíblica. Sendo assim, encontramos pela primeira vez no Tabernáculo de modo bastante explicito a Terceira Pessoa da Trindade numa função bastante caracterizada, pois, em figura era através da energia do azeite que as lâmpadas podiam irradiar luz, o que deve acontecer também na vida do crente que precisa do poder do Espírito para refletir a luz de Jesus. 
TERCEIRO. O ajuste das lâmpadas, ou seja, a manutenção. Seria interessante considerar agora de que maneira o Sumo Sacerdote evitava diminuição de luz naquelas lâmpadas. Em Êxodo 30.7, lemos que Arão preparava as lâmpadas a cada manhã, e o termo hebraico traduzido por preparar significa literalmente “acertar, ou ajustar”. Há então necessidade de se fazer periodicamente o que se chama de “poda” que é o ato de simplesmente cortar fora aquela crosta formada, visando maior eficiência do pavio. São necessárias aqui três importantes observações: Primeiro, o desgaste se verifica no pavio e não no azeite; segundo, o ajuste ou a “poda” deve ser imediato para que não haja acúmulo de resíduos queimados; por fim, todas as lâmpadas precisam ser aparadas. É a vida do crente que precisa ser ajustada e não o Espírito Santo. Este ajuste tem que ser diário. 
  Para finalizar, quero dizer, que cada crente que está realmente experimentando intima comunhão com Deus sabe que é necessário permitir ao Espírito que lhe renove as forças a cada momento ou em “cada manhã”. O pavio desgastado ontem, assim como nas experiências passadas, se não for reajustado pode impedir a irradiação de luz no dia de hoje. Acredito que o apóstolo Paulo tinha isso em mente ao relatar a sua própria experiência em Filipenses 3.13,14. “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas, uma coisa faço: Esquecendo-me das coisas que para traz ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Irmãos mantenham vossas lâmpadas continuamente acesas. Amém!

                                                                                     Pr. José Geraldo da Silva     

Um comentário:

  1. Muito boa esta interpretação geral sobre a lâmpada no tabernáculo. Deus o abençoe, irmão!

    ResponderExcluir