terça-feira, 12 de março de 2013

O DESABAFO DE UM APRENDIZ DA PENA




Quando escrevo não me preocupo com as rimas, com a métrica ou com a forma. Escrevo tomado pela emoção do momento. Momento que me faz pensar, sonhar e questionar, simplesmente o que importa é o momento. Não busco as palavras difíceis, rebuscadas e elegantes. Procuro aquelas que combinam com o sentimento e a emoção. Sinto-me um atrevido quando ouso dizer que faço poesia ou que sou um poeta. Não posso me comparar a um Quintana, Vinícius ou um Drummond, sou apenas um aprendiz que conduz a pena de forma amadora, que treme ao tingir o papel com as palavras, criando apenas rabiscos. Também não me preocupo se alguém irá gostar daquilo que escrevo, o que importa é que o papel registra a minha emoção. O mais importante é que aprendi a amar as palavras e sua magia. E como João Guimarães Rosa tenho a palavra como minha amante e juntos procriamos. Já escrevi sobre o amor, a solidão, o tempo, o silêncio, os sonhos e acima de tudo, sobre minha fiel companheira, a palavra. É através das linhas rabiscadas que juntos criamos e divulgamos a essência do ser. Ser que só sobrevive porque tem como companheira a palavra, que simplesmente revela o ser.
Obrigado mais uma vez a você minha pena que rabiscou o desabafo deste aprendiz.

Autor: José Geraldo da Silva 

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