Quando escrevo não me
preocupo com as rimas, com a métrica ou com a forma. Escrevo tomado pela emoção
do momento. Momento que me faz pensar, sonhar e questionar, simplesmente o que
importa é o momento. Não busco as palavras difíceis, rebuscadas e elegantes.
Procuro aquelas que combinam com o sentimento e a emoção. Sinto-me um atrevido
quando ouso dizer que faço poesia ou que sou um poeta. Não posso me comparar a
um Quintana, Vinícius ou um Drummond, sou apenas um aprendiz que conduz a pena
de forma amadora, que treme ao tingir o papel com as palavras, criando apenas
rabiscos. Também não me preocupo se alguém irá gostar daquilo que escrevo, o
que importa é que o papel registra a minha emoção. O mais importante é que
aprendi a amar as palavras e sua magia. E como João Guimarães Rosa tenho a
palavra como minha amante e juntos procriamos. Já escrevi sobre o amor, a
solidão, o tempo, o silêncio, os sonhos e acima de tudo, sobre minha fiel
companheira, a palavra. É através das linhas rabiscadas que juntos criamos e
divulgamos a essência do ser. Ser que só sobrevive porque tem como companheira
a palavra, que simplesmente revela o ser.
Obrigado mais uma vez
a você minha pena que rabiscou o desabafo deste aprendiz.
Autor:
José Geraldo da Silva
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