terça-feira, 5 de novembro de 2013

EIS A TAREFA MAIS DIFÍCIL: FECHAR A MÃO ABERTA DO AMOR E SER MODESTO COMO DOADOR



O filósofo Jiddu Krishnamurt discorre da seguinte maneira sobre o que significa amar:

Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que se está se oferecendo algo. Somente um amor assim pode conhecer a liberdade. (...) Quando vemos uma pedra pontiaguda em um caminho frequentado por pessoas descalças, nós a retiramos não porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os outros, não importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da terra... para tudo isso é preciso liberdade – e, para ser livre, é preciso amar.

Essa liberdade é o que permite  duas pessoas amarem-se sem imposição. Também está por trás do amor universal: uma atitude generosa do indivíduo com o mundo; dar pelo simples prazer de fazê-lo, sem esperar nada em troca, nem sequer reconhecimento.


(PERCY, Allan. Nietzche para estressados. [tradução de Rodrigo Peixoto], Rio de Janeiro: Sextante, 2001.)

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