O filósofo Jiddu
Krishnamurt discorre da seguinte maneira sobre o que significa amar:
Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação. Se eu o
amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado
no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que se está se
oferecendo algo. Somente um amor assim pode conhecer a liberdade. (...) Quando
vemos uma pedra pontiaguda em um caminho frequentado por pessoas descalças, nós
a retiramos não porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os outros, não
importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar dela, olhar o rio e desfrutar a
plenitude da terra... para tudo isso é preciso liberdade – e, para ser livre, é
preciso amar.
Essa liberdade é o
que permite duas pessoas amarem-se sem imposição. Também está por trás do
amor universal: uma atitude generosa do indivíduo com o mundo; dar pelo simples
prazer de fazê-lo, sem esperar nada em troca, nem sequer reconhecimento.
(PERCY, Allan.
Nietzche para estressados. [tradução de Rodrigo Peixoto], Rio de Janeiro:
Sextante, 2001.)
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